segunda-feira, 1 de março de 2010

Perturbação bipolar
O que é uma perturbação bipolar? A perturbação bipolar é, vulgarmente, designada como uma perturbação maníaco-depressiva. No sentido lato, trata-se de uma doença que se manifesta através de alterações opostas do estado de humor. Ou seja, a perturbação bipolar é uma complexa doença mental, caracterizada por diferentes estados de humor que alternam entre a euforia e a depressão, intervalando com períodos normais e de relativa estabilidade. Devido à sua imprevisível natureza, a perturbação bipolar tem um impacto significativo nos doentes e na vida dos seus familiares. Estima-se que entre 25% a 50% dos doentes com perturbação bipolar tentam o suicídio, sendo que em 10% a 20% as tentativas são bem sucedidas. Esta é uma das taxas mais elevadas no âmbito das perturbações do foro psiquiátrico.

Agorafobia

A agorafobia, um medo irracional de estar em lugares públicos.

Só a ideia é suficiente para gerar um ataque de pânico. O medo é tanto maior quanto maior for a concentração de pessoas no local.
São medos que alimentam uma incapacidade para sair de casa por longos períodos, bem como uma extrema dependência de terceiros. A estes sintomas juntam-se uma sensação de impotência e de que o próprio corpo não é real. Somam-se ainda manifestações semelhantes às de um ataque de pânico, nomeadamente dificuldade em respirar, tonturas, transpiração excessiva, ritmo cardíaco acelerado, náuseas, perturbações digestivas, dores no peito, dificuldade em engolir e rubor. E uma sensação de perda de controlo. Aliás, as duas condições parecem estar intimamente ligadas, com a agorafobia a ser considerada uma complicação da desordem de pânico, um tipo de ansiedade caracterizada por episódios frequentes de um medo intenso que, sem razões aparentes, desencadeia uma cadeia de reacções físicas.
E a agorafobia pode acontecer quando se associa o pânico com as situações em que os ataques ocorreram - se tiveram como palco espaços públicos a pessoa tende a evitar esses espaços como forma de prevenir futuros ataques. Este é um receio que, no extremo, pode impedir a pessoa de sair de casa, o único lugar em que se sente em segurança. Nalguns casos, a pessoa pode conseguir enfrentar o receio e tolerar as situações que o desencadeiam desde que esteja acompanhada por alguém em que confia.
É geralmente no final da adolescência e no início da idade adulta que a agorafobia se manifesta pela primeira vez, mas crianças e adultos mais velhos também podem desenvolver este tipo de medo. Além da idade, o género também é um factor de risco, já que este problema é mais comum nas mulheres do que nos homens. Esta doença é limitadora da qualidade de vida. Inibe a capacidade de sociabilizar, de trabalhar, de participar em eventos públicos, de gerir os pormenores do quotidiano e até de lidar com os acontecimentos do acaso.
Esta doença é perigosa para a própria pessoa porque pode ser uma porta aberta para a depressão, para o abuso de álcool e drogas como forma de lidar com a impotência, o medo, a culpa, a solidão.
O tratamento desta doença, envolve geralmente uma combinação de medicamentos - antidepressivos e ansiolíticos, entre outros - e psicoterapia: o objectivo é ultrapassar a agorafobia e aprender a mantê-la controlada.

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